A NEBULOSA:
A nebulosa de Caranguejo está localizada a uma distância de 3600 anos luz da Terra (aproximadamente 59,6 quatrilhões de quilômetros) . Ela contém no seu centro um pulsar - uma estrela que emite ondas de rádio em impulsos repetidos regularmente - que gira cerca de 30 vezes por segundo. A Nebulosa do Caranguejo é composta principalmente de detritos de uma supernova destruída no ano 1054.
O FENÔMENO:
O FERMI – Telescópio espacial de raios gama - detectou uma emissão de raios gama na nebulosa de caranguejo que durou cerca de 6 dias e alcançou níveis 30 vezes maiores que o normal e em alguns momentos com variação a cada hora.
Nebulosa de Caranguejo - Foto:AP |
Até o momento, nenhum dos componentes já conhecidos da nebulosa é capaz de explicar a luminosidade observada pelo Fermi, diz Roger Blandford, diretor de um instituto de astrofísica e cosmologia nos EUA.
"Tem de haver outra fonte para esses raios gama altamente energéticos", ele disse à BBC News. "São necessários cerca de seis anos para a luz cruzar a nebulosa, então essas erupções, (ocorridas) em horas, têm de ser produzidas em uma região bem compacta em comparação com o tamanho da nebulosa."
A principal suspeita até agora é de que, em uma região próxima ao pulsar, intensos campos magnéticos vão em direções opostas, reorganizando-se repentinamente e acelerando partículas a uma velocidade próxima à da luz.
O TELESCÓPIO:
O telescópio, parceria da Nasa (agência espacial americana) com alguns países europeus e asiáticos, foi lançado em 2008. Seu nome é uma homenagem a Enrico Fermi, físico ítalo-americano que trabalhou no desenvolvimento do primeiro reator nuclear e que recebeu o Nobel de Física em 1938 por sua pesquisa sobre a radiatividade.