sábado, 16 de abril de 2011

OS MAIORES ACIDENTES NUCLEARES POR VAZAMENTO DE CÉSIO 137

Chernobyl
      
      Em 1986, os operadores da usina nuclear de Chernobyl, Ucrânia, realizaram um experimento com o reator 4. A intenção era observar o comportamento do reator nuclear quando utilizados com baixos níveis de energia. Contudo, os responsáveis pela unidade teriam que quebrar uma série de regras de segurança indispensáveis. Foi nesse momento que uma enorme tragédia nuclear se desenhou no leste Europeu.

           O reator entrou em processo de super aquecimento incapaz de ser revertido. Em poucos instantes ocorreu a explosão do reator rico em Césio 137, elemento químico de grande poder radioativo. Com a explosão, a usina de Chernobyl liberou grande quantidade de material radioativo assustadoramente duzentas vezes maior que os da bomba de Hiroshima e Nagasaki, tomava conta da cidade ucraniana.

           Após o acontecido, aproximadamente 45000 pessoas foram retiradas do território afetado. O acidente de Chernobyl foi considerado o maior acidente nuclear do mundo, resultando a morte de 50 pessoas entre funcionários da usina e participantes da operação de isolamento do reator danificado, que se expuseram a doses maciças de radiação e morreram na semana seguinte. Além dessas, estimam-se cerca de 4 mil mortos por causa de câncer e outros problemas. 

           Ainda hoje, uma área de cerca de 2500 km² em torno da usina desativada, permanece fechada à ocupação humana.

Vista superior da usina Chernobyl




Acidente Nuclear em Goiânia

              Em 13 de setembro de 1987, em Goiânia Goiás, um desastre fez centenas de vítimas, todas contaminadas através de radiações emitidas por uma única cápsula que continha Césio 137.

Dois catadores acharam a cápsula e tiveram a infeliz ideia  de leva-la até a casa de um deles. O maior interesse era o lucro com a venda das partes de chumbo para um ferro velho. 

              O dono do ferro velho após a compra desmontou a cápsula e expôs-se a um pó branco parecido com sal de cozinha, que no escuro brilhava com uma coloração azul. Resolveu exibir o achado a seus familiares, amigos e parte da vizinhança, aumentando assim a área de risco. As pessoas se admiravam com o pó brilhante, pegavam-no com as mãos e uma criança, achando-o parecido com purpurina, passou-o em seu corpo e depois o ingeriu, passando a ser fonte de irradiação. Por onde as pessoas contaminadas andavam, espalhavam mais a contaminação ou, pelo menos, irradiavam as pessoas nesses locais. Assim o pó de Cs137se alastrou rapidamente.

              O acidente chegou ao conhecimento público somente quando um médico suspeitou que as queimaduras de alguns de seus pacientes poderiam ter sido causadas por radiações, o que foi prontamente confirmado por um físico ao medir os níveis de radiação dos pacientes. Algumas pessoas expostas à radiação do Césio 137 vieram a óbito e outras sofreram com doenças causadas pela radiação.

               Em 1996, a justiça julgou e condenou por homicídio culposo três sócios e funcionários do antigo instituto Goiano de Radioterapia a 3 anos e 2 meses de prisão. O acidente com Césio 137 foi o maior acidente radioativo no Brasil.
As queimaduras na mão de uma das vítimas em Goiana





Baseado no trabalho das alunas: 
Brenda Cardoso, 
Letícia Abreu, 
Mylena Nathália, 
Rayane Ramos
Thaís Correia 

(2ª Série do Ensino Médio do Geração Colégio e Curso.)

Adaptado por: Renata Araújo 




Um comentário: